L´inséré du professeur Marcos Carvalho et de la Filosofía Pop, Unilab, Bahia, Brésil

Date de publication: 3 Oct 2019

Caros irmãos, amigos e colegas: Depois de ler o texto de D. Antumi Toasije, “Afrocentricidade, um novo impulso para o Panafricanismo?”, que Carlos Manuel Zapata nos enviou duas vezes, eu gostaria de expressar a seguinte opinião: Afrocentricidade não é Pan-africanismo, muito menos significa seu avanço. Em geral, o artigo submetido é um molho confuso de citações ou de alusões a autores sem prestar atenção a nenhum deles. No seu ponto de partida, distorce o objetivo final do nosso grande movimento filosófico e rapidamente passa pela discussão entre negritude e tigretude (Senghor-Wole Soyinka), um assunto que é irrelevante para o Pan-africanismo. Da mesma forma, faz um vago recurso a Conciencismo, do grande filósofo K. Nkrumah, de Nations nègres et culture, de Cheikh Anta Diop, o sábio e verdadeiro filósofo da Filosofia da História Africana, evitando tratar de suas teses etc.; cita Hountonji, como o único adversário, sem saber que este, junto com F. Eboussi, M. Towa, A. Mbembe, V. Mudimbe, fazem parte da alienação francófono da etnofilosofia ou etnoteologia atual, que não foram capazes de compreender nem a filosofia ocidental nem a africana, etc. etc. Cada afirmação do dito texto pode ser o assunto de muitas páginas, mas eu não posso me dedicar a isso neste momento. O Sr. Antumi Toasije vive em Madri, onde existem duas facções, associações ou o que não sei como qualificar, que se autodenominam Pan-africanistas, que, sem saber bem dos fundamentos e doutrinas do Pan-africanismo, querem viver usando suas siglas.

Eu gostaria que você perguntasse a ele se conhece meu nome ou se já leu a Síntesis sistemática de la filosofía africana e sua versão francesa Le génie des Ihsango, synthèse systématique de la philosophie africaine. O pan-africanismo foi a expressão de um pensamento radical e anti-imperialista, o primeiro dessa natureza que se constituiu na história da Filosofia contemporânea. Eu tenho falado tantas vezes de sua forte oposição ao neocolonialismo em meus escritos, entre os quais figuram o de título “Segundo o axioma do Conscientismo”, que Fernando se dignou a publicar em um dos números da FAIA, e em”Le conflit de Côte d´Ivoire et la guerre en Libyie, escalades de la recolonisation française en Afrique”, acho que o publicou também, mas se não fosse assim, está no meu site.

Nossos falsos Pan-africanistas esquecem totalmente a dimensão essencial e necessária do Pan-africanismo e permanecem no mais banal e superficial de seus princípios, o que é uma aberração ou uma distorção de sua doutrina. Aquele que tenta se aprofundar nela, vai descobrir imediatamente que é totalmente incompatível com a “Afroncentricity” de Molefi Kete Asante, a quem eu conheço muito bem, como vou especificar mais tarde. Nem é compatível com qualquer outra iniciativa dos negros norte-americanos, porque todos eles, exceto M. L. King e M. X, são muito submissos ao capitalismo totalitário e ao pensamento unidimensional, e quando se propuseram a projetar-se para o mundo negro, pretendem fazer “business” como os brancos. Com isso, se opõem sistematicamente à luta pela libertação continental africana, que é precisamente anti-imperialista. Contudo, o mais irônico é que seus movimentos, por exemplo a WADU (World African Diaspora Union – União Mundial da Diáspora Africana) emprega os mesmos truques, usando geralmente as imagens de nossos filósofos e revolucionários, como P. Lumumba, K. Nkurmah, J. Kenyata, etc. para atrair e confundir certos intelectuais africanos e afrodescendentes, como tenho observado em diferentes fóruns, quando na realidade eles são antilumumbistas, antinkrumahistas etc.

Eu mesmo tive que enfrentá-los duas vezes. A primeira foi no“Colloque International, Hommage à Aimé Césaire, juste de voix, gran éveilleur de conscience”, realizada em Paris, em 11, 12 e 13 de Julho 2008, no qual participei com o trabalho: “Cheikh Anta Diop, le Reveil de la Philosopohie de l´Histoire Africaine”, minha declaração como Nkrumahista foi considerada negativamente pelo prof. Leonard Jeffries, que veio de uma faculdade em Nova York, que, exaltando o neocolono Sedar Senghor, demonstrou sua ignorância não apenas sobre a filosofia africana, mas também na filosofia ocidental.

Meu segundo confronto veio como resultado do “Afrocentricity Think Tank”, Grand meeting de l´afrocentricité et du panafricanisme”, realizado em Paris de 12 a 13 de maio de 2012, convocada precisamente por Molefi Kete Asante e Ama Mazama, que entre outros palestrantes contou com: Antumi Toasije, Prof. Jean-Paul Pougala, prof. Kalamba Nsapo etc., no qual participei como convidado de Yves Ekoué Amaizo, seu representante na capital francesa. As palavras da abertura do Encontro pronunciadas por Ama Mazama, com sua saudação “Hotep”, pareciam o começo da atuação de uma seita imprecisa. Sua intervenção e do seu sócio Molefi Kete me soavam, sinceramente, como ideias imaturas… Nessas circunstâncias, por minha tendência oposta às linhas impostas, a apresentação do Pensamento Radical que haviam me prometido foi cancelada. Em outros termos: eu fui banido por ser uma pessoa não grata.

Por isso, convido-o a que se dirija ao Sr. Antumi Toasije ou aos professores Molefi Kete Asante e Ama Mazama, para que possam explicar os critérios que tomaram para eliminar com um golpe e estragar aquela apresentação. Além disso, tirei algumas cópias de alguns dos meus trabalhos publicados em francês, que deixei na vitrine correspondente, mas foram retirados dali, mesmo assim, alguns leitores entraram em contato comigo e conseguiram adquiri-los.  

Por tudo isso, eu só posso insistir em que O Pensamento Radical, assim como sua Escola, está cercado de inimigos: enfrenta o imperialismo onipresente e seus representantes locais em todos os continentes. Estamos diante de todas essas instituições, associações que tentam nos desviar do nosso projeto inicial de luta pela autêntica libertação do ser humano.

Eugenio Nkogo Ondó.

León, 12 de setembro de 2016.

Date de publication: 3 Oct 2019

Eugenio Nkogo Ondó[1]

Quero agradecer, em primeiro lugar, ao professor de filosofia Dr. Carlos Manuel Zapata Carrascal, de ascendência africana e membro proeminente da Escola de Pensamento Radical, residente em Lorica, Córdoba, Colômbia, que, em 12 de fevereiro deste ano, teve a gentileza de nos enviar esta mensagem: saudação cordial. Tentei anexar a CRÍTICA DA RAZÃO NEGRA, mas [o arquivo] estava muito pesado. Assim, envio em anexo uma entrevista com seu autor.

Em segundo lugar, seguindo o fio da questão, devo dizer que, poucos meses após o aparecimento da segunda edição deste livro, a Critique de la Raison Nègre (Crítica da razão negra), em Paris, Editions La Découverte em outubro de 2015, recebi uma cópia enviada com cuidado pelo escritor camaronês Paul Aurélien Ndocky Sappy, partidário do ideal de luta pela libertação da África e membro da oposição no exterior ao regime de Paul Biya. Ao lê-lo, coloquei na segunda página uma marcação com caneta vermelha destas palavras: “Un texte saisi par l’alienation coloniale et néocoloniale” (“Um texto atraído pela alienação colonial e neocolonial”). Aproveitando-se das longas e frutíferas conversas com o jovem filósofo argentino Fernando Proto Gutierrez, fundador da Escola de Pensamento Radical e seu órgão de expressão, FAIA, Journal of Philosophy Afro Indo-americano, durante sua breve estadia em Leon, 29 e em 30 de dezembro de 2016 mostrei a ele e indiquei que seu conteúdo era o resumo do discurso típico dos africanos que foram condenados a permanecer nessa categoria que Frantz Fanon chamava de Peau noire masques blancs (Pele Negra, máscaras brancas).

Quem se aproximar do referido texto, se dará conta em seguida que nosso irmão  Achille Mbembe –  que alcançou o posto de professor de História e Ciência Política na Universidade Witwatersrand, em Joanesburgo, na África do Sul –  não foi capaz de se libertar do jugo colonial, e, muito menos do neocolonial, que assola nosso continente. Como observado por Mongo Beti, com sua clarividência de costume: “Oprimir a  personalidade africana é uma arte, devemos reconhecer claramente, que nisso o colonialismo francês leva o trofeu”[2], é fácil ver que, nesta arte, só podem ser bem recebidos e promovidos em diferentes áreas, os africanos que, negando-se, defendam o trabalho da colonização francesa. Com este imperativo, na introdução à sua obra, “O devir-negro do mundo” não tem outro ponto que as tergiversações coloniais do século XVIII e, de acordo com elas, afirma:

Em primeiro, deve-se ao facto de o Negro ser aquele (ou mais ainda aquele) que vemos quando nada se vê, quando nada compreendemos e, sobretudo, quando nada queremos compreender. Em qualquer lado onde apareça, o Negro liberta dinâmicas passionais e provoca uma exuberância irracional que tem abalado o próprio sistema racional. De seguida, deve-se ao facto de que ninguém – nem aqueles que o inventaram nem os que foram englobados nesse nome – desejaria ser um Negro ou, na prática, ser tratado como tal. Além do mais, como Deleuze[3] precisou, “há sempre um negro, um judeu, um chinês, um mongol, um ariano no delírio”, porque aquilo que faz fermentar o delírio, são, entre outras coisas, as raças.[4]  

A partir dessa perspectiva turva da negação do negro, da negação de si mesmo e da aceitação incondicional da falsa imagem ou da estranha máscara imposta pelo outro, o autor admite com alguns elogios, como um bom ser pensante sui generis, que “os mundos euro-americanos, em particular fizeram do Negro e da raça duas versões de uma única e mesma figura, a da loucura codificada”[5].[6]

Missão cumprida! Com essas premissas, esse africano dirigido por controle remoto, satisfeito com sua condição unidimensional, poderá usar sua capacidade intelectual para realizar uma espécie de recriação do fantástico filme da loucura da raça negra. Desta forma, ele foi alçado ao posto de professor em uma universidade sul-africana, onde, após o impulso libertador de Madiba, o Apartheid recuperou o terreno para colaborar ativamente com este status quo.

A essas opiniões racistas, acrescente a dos defensores da escravidão e a confundem com a presença do negro em Abiayala, a América do Sul. Na p. 28 e 29 levanta a questão dessa presença na Espanha, em Portugal e no outro lado do Atlântico. Não há dúvida de que estes dois países ibéricos têm sido, desde o século XV até hoje, não só zonas de trânsito, mas também habitada negros, cujos vestígios ainda são visíveis em Huelva, Cádiz, Sevilha, Lisboa … de onde eles foram levados para outros países europeus. Mas esse caminho nunca foi o único pelo qual o negro chegou à América. A verdadeira história mostra-nos que eles fizeram isso por duas rotas: o Egito da Negritude, muitos séculos antes da era cristã, e o Império Mandinga na Idade Média (ver: They came befor Colomus, the African presence in Ancient America, 1976, de Ivan Van Sertima).

Nas páginas 35 e 66 do seu trabalho, Achille Mbembe, ao aceitar de bom grado as declarações falaciosas sobre a historicidade africana e sobre a capacidade mental dos africanos emitidas pelo idealista absoluto Georg Wilhelm Friedrich Hegel (La Raison dans l’Histoire), bem como a concepção do Negro do Antigo Regime. Acreditando nessas ideias como se fossem verdades indiscutíveis, nosso autor poderia ter apelado para Arthur de Gobineau, autor de Essai sur l´inégalité des races humaines (1853-1855), que, não sendo antropólogo ou especialista em qualquer das ciências humanas, foi reconhecido, por alguns, como o verdadeiro teórico do racismo anti-Negro, e como um romântico traumatizado, por outros como Hubert Juin, e declarar-se um firme gobinista sem escrúpulos. Elogiando todas as manipulações: históricas, antropológicas, ideológicas, etc. etc., projetou uma razão negra que é uma invenção do Ocidente, que incorretamente menciona Nelson Mandela, porque, não tendo sido sacrificado como Patrice Lumumba, Ruben Um Nyobé, Amílcar Cabral ou Martin Luther King, sobreviveu ao regime do apartheid … Além disso, em suas reflexões, destaca-se a ausência de qualquer referência digna a luta pela libertação total de África realizada pelo Pan-africanismo.

Em suma, estamos diante de um dos casos típicos e curiosos de um Negro que assumi, de modo cru, toda a arbitrariedade do poder colonial e neocolonial, com um especial elogio aos seus filósofos e apoiadores … Dada tal submissão, é oportuno nos encaminharmos para reflexões mais relevantes. Se Arthur Schopenhauer, um dos contemporâneos de Hegel, o havia taxado de filósofo com um propósito político mal calculado, “charlatão, vulgar, sem espírito, repugnante, ignorante” (Fragmentos da história da filosofia, 1851), foi precisamente porque com a sua concepção imaginária do mundo imaginário e celestial da história, ele não havia descido do céu à terra, como diria K. Marx. Enquanto isso, Antenor Firmin, negro haitiano, um dos maiores filósofos da filosofia do direito do século XIX, cientista político, egiptólogo, antropólogo e membro da Sociedade Antropológica de Paris, publicou em 1885 seu brilhante trabalho, De l’ égalité des races humaines (Anthropologie positive), que desmascara todas as teorias racistas ocidentais como “ineptas” e qualifica seus autores como “falsos cientistas”, ao mesmo tempo em que chama Gobineau de um simples “ofuscado pela paixão” . Neste mesmo sentido, as falácias de Hegel e de seus seguidores têm sido sistematicamente refutadas pelo renomado filósofo e  historiador celebrado, Cheikh Anta Diop (Nations nègres et cultures, 1954), por Joseph Ki-Zerbo (Histoire de l’Afrique Noire , 1978), por Doue Gnonsea (Cheikh Anta Diop, Théophile Obenga: combat pour la Renaissance africaine, 2003), e por muitos pesquisadores africanos e de outros continentes. Eu próprio levantei a questão da “Origem do conhecimento universal e racional, origem do termo filosofia” (Síntesis sistemática de la filosofía africana, 2001). É óbvio que a obediência cega aos seus mestres reduziu tanto a faculdade cognitiva de nosso irmão Achille Mbembe para não se aproximar de qualquer investigação objetiva. É por isso que, neste ponto, ele não conseguiu descobrir que a ciência geométrica nasceu entre os Blombos, nossos ancestrais que viveram a cerca de 200 km ao Leste da Cidade do Cabo, na África do Sul, uma invenção que remonta a cerca de 40.000 ou 50.000 anos a. C.. Ele não aprendeu que a matemática foi inventada pelos antigos habitantes das montanhas de Lebombo, na Suazilândia, a cerca de 37.000 anos a.C. Como bom professor africano, que reproduz a velha canção da “voz do seu mestre”, não teve acesso a essa informação científica que, desde 1950, nos certifica que o primeiro método de observação e cálculo dos ciclos lunares foi criado (25.000 anos a.C.) pelos Ishango, nas margens do Lago Eduardo, entre o República Democrática do Congo e Uganda (Le papyrus d’Ahmès, revista d’humanités classiques africaines, 2015).

Do mesmo modo, as ideias fixas de seus mestres não lhe permitiram recordar que daquela região, chamada hoje de Grandes Lagos, saíram grandes ondas migratórias que levaram os Negros ao Kemet, a terra negra, onde fundaram três grandes impêrios: Antigo, Médio e Novo, e levaram a cabo as primeiras revoluções na filosofía e em todas as demais disciplinas científicas. Este foi, desde o século IX a. C. a forja do saber universal para a Grécia Antiga, para onde peregrinaram seus filósofos, literatos, sábios y demais intelectuais. Assim, o senhor Achille Mbembe deveria saber que a razão grega foi a cópia mais exata da razão negra. Porém si ele, nem pode entender, nem está informado de todos estes temas que hoje em dia constituem brilhantes capítulos da investigação filosófica e científica, qualquer leitor crítico descobrirá facilmente os círculos viciosos de seus sofismas e, também, de seu livro que é, simplesmente, uma demanda da promoção neocolonial.

León, Espanha, 3 de abril de 2017.


[1] “Eugenio Nkogo Ondo nasceu em outubro de 1944 em Bibás, Akonibe, Rio Muni, Guiné Equatorial. Doutor em Filosofia pela Universidade Complutense de Madri. Frequentou cursos especiais de Filosofia ministrados por Xavier Zubiri em Madri. Após seu doutorado na Complutense, seguiu cursos sobre Ontologia e História da Ontologia e Filosofia Contemporânea na Universidade de Paris-Sorbonne. Foi leitor na Universidade de Gana-Legon, Accra (1978-1980). De lá,  se mudou para os Estados Unidos da América, conduzindo uma investigação particular na Universidade de Georgetown, Washington D.C. (1980-1981). Ele é professor adjunto na University College, da Universidade de León (1981-1982) e professor titular de High School (1983), tendo sido simultaneamente, e por três anos consecutivos, o professor encarregado da Faculdade de Formação de Professores de EGB da mesma universidade de Leon (1984-1987). Após a criação do Departamento de Filosofia e Ciências da Educação, ele é forçado a abandonar a posição que ocupava naquela escola por causa da famosa endogamia.

Poucos meses após a publicação do La Pensée Radicale, no final de 2005, a Société des Ecrivains, Paris, propô-lo como um candidato para a sexta edição do Livro da Anistia Internacional, “Livros e palavras para a liberdade”, realizada em Rennes entre 2 e 5 de fevereiro de 2006.

“Por sua grande contribuição para a divulgação e promoção do conhecimento e reconhecimento dos valores culturais e verdades sobre a África, a partir do respeito, simpatia e solidariedade”, ele foi premiado com o Primeiro Prémio África, em 25 de maio de 2006, em Barcelona, um ​​prêmio concedido pela organização SOS-Africa.

Ele se aposenta de sua atividade docente em novembro de 2009, mas não abandona seu compromisso com a pesquisa e escrita, em intervenções e conferências nacionais e internacionais”. Essa descrição foi traduzida e adaptada daquela que aparece no site do autor: www.eugenionkogo.com

[2]BETI, Mongo. Lettre ouvcerte aux Camerounais ou la deuxième mort de Um Nyobe, Éditions des Peuples Noirs, Rouen, 1986, nota 11, pp. 24-25.

[3] Citado por Mbembe: DELEUZE, Gilles.Deux régimes Fous. Textes et entretiens, 1975-1995, Minuit, Paris de 2003 , p.25.

[4] Critique de la raison négre, pp. 10-11 citado a partir de: MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Trad. Marcia Lança. Antigona, Lisboa, 2014. p.11.

[5] Referência de Mbembe: Miriam Ellav-Feledon, Benjamin Isaac et Joseph Ziegler, The Origins of the Racism in the West, Cambridge University Press, Cambridge, 2009.

[6] Critique de la raison négre, pp. 10-11. Idem, 2014. p.11.